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sábado, 1 de setembro de 2012

MELATONINA E CÂNCER -ESTUDO PELA UNESP

Hormônio melatonina pode inibir crescimento de tumor mamário: Pesquisa é coordenada por professora da Unesp de São José do Rio Preto





Melatonina é um hormônio natural produzido pela Glândula Pineal  no cérebro é responsável por controlar nosso ciclo do sono. A produção de melatonina ocorre principalmente durante a noite para mostrar ao nosso organismo que a hora de dormir está próxima.

Um estudo realizado por um grupo de pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Genética da Unesp de São José do Rio Preto revelou que a melatonina, hormônio secretado pela glândula pineal – localizada perto do centro do cérebro –, diminui a viabilidade de desenvolvimento as células mamárias neoplásicas, isto é, as que apresentam proliferação celular aumentada.

Os experimentos foram realizados no Laboratório de Investigação Molecular do Câncer (LIMC) da Famerp, utilizando cultivo celular primário de tumores mamários de cadelas e linhagens de câncer de mama humano, tratados com melatonina.

A professora Débora Zuccari, da Unesp de São José do Rio Preto, coordenadora do grupo de pesquisa, explica que, para a nutrição das células mamárias neoplásicas, é necessária a for-mação de novos vasos que são estimulados por proteínas presentes no ambiente tumoral, os quais são chamados de “Fator de crescimento endotelial vascular (VEGF)” e “Fator induzido por hipóx ia (HIF-1á) ” .
A ideia, portanto, é utilizar a melatonina como agente terapêutico para reduzir a formação de vasos.

Paralelamente ao trabalho com o hormônio, as pesquisadoras procuram descobrir se o VEGF (Fator de Crescimento Endotelial Vascular) é um possível marcador prognóstico para o tratamento da doença. “Quando estudamos a célula tumoral, podemos verificar, por meio de marcadores celulares, o estágio em que o tumor se encontra e prever a evolução clínica do paciente e, ainda, direcioná-lo para um tratamento específico e individualizado”, afirma Débora.

Dando continuidade ao estudo com a melatonina, a doutoranda Bruna Victorasso Jardim e a mestranda Lívia Carvalho Ferreira, integrantes do grupo de pesquisa, estão realizando a parte experimental in vivo de seus projetos nos Estados Unidos, no Hospital Henry Ford,em Detroit , no laboratório coordenado pelo cientista associado do Departamento de Radiologia, professor Ali Arbab.
Além dessas alunas, outros alunos do Programa desenvolverão pesquisas em parceria com a Universidade de Guelph, em Ontário, no Canadá.
“É importante para a pesquisa esse inter-câmbio de conhecimentos. 

Quando descobrimos algo significativo aqui, logo aparecem novos questionamentos , novas possibilidades, novos caminhos, novos meios e fins”, avalia Débora. “O objetivo é descobrir potenciais tratamentos para o câncer buscando a melhor e maior sobrevida do paciente. Por isso, motivação não nos falta”.



Premiação - O resumo “Ação da melatonina em cultivo celu-lar de tumores mamários”, da orientanda Juliana Lopes, ganhou o segundo lugar na categoria Oncologia Experiental no Oncovet (Simpósio de Oncologia Veterinária), evento da Associação Brasileira de Oncologia Veterinária que acontece anualmente e de referência nesta área, que aconteceu em abril em João Pessoa (PB).
Imagem: pt.wikinoticia.com
Marina Mattar, Unesp de São José do Rio Preto

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